Inúmeros objectos e matérias primas exógenas documentam a integração dos Perdigões em redes de interacção e circulação de produtos de larga escala, envolvendo o quadrante Sudoeste da Peninsula Ibérica e áreas extra peninsulares.
Variados estudos arqueométricos têm permitido caracterizar esses materiais e identificar as suas prováveis áreas de proveniência:
– O marfim de elefante de savana africano
– O cinábrio de Almaden (Ciudad Real)
– A variscite de Pico Centeno (Sierra Morena)
– O mármore da zona de Vila Viçosa-Borba-Alandroal
– O sílex oolítico do maciço bético
– O calcário da Estremadura
– As conchas marinhas e estuarinas
– O âmbar da Sicília
Materiais a que se associam determinadas cerâmicas, cristais de quartzo ou o ouro, com proveniências mais difíceis de estabelecer.
Esta integração dos Perdigões em redes de circulação de larga escala desenvolve-se sobretudo durante o 3º milénio AC, entre 2800 e 2200 AC.
Principais Referências Bibliográficas:
VALERA, A.C. (2017), “The ‘Exogenous’ at Perdigões Approaching Interaction in the Late 4th and 3rd Millennium BC in Southwest Iberia”, In BARTLHEIM, M.; BUENO RAMÍREZ, P.; KUNST, M. (eds.): Key resources and sociocultural developments in the Iberian Chalcolithic, p. 201-224.
VALERA, A.C., SCHUHMACHER, T.X., BANERJEE, A. (2015), “Ivory in the Chalcolithic enclosure of Perdigões (South Portugal): the social role of an exotic raw material”, World Archaeology, 47, p. 390-413.
http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/00438243.2015.1014571
VALERA, A.C., LINO, A. (2016/2017), “Aspectos da Interacção Transregional da Pré-História Recente do Sudoeste Peninsular: Interrogando as Conchas e Moluscos nos Perdigões”, Estudos Arqueológicos de Oeiras, 23, Oeiras, p. 189-218.
(complementar com bibliografia sobre estudos arqueométricos referenciada na secção Bibliografia)