História

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1996

Apesar de contar com uma primeira intervenção realizada por Mário Varela Gomes na zona do cromeleque na década de oitenta do século XX, o complexo de recintos dos Perdigões só seria identificado em 1996, quando a então Finagra adquiriu e surribou para plantio de vinha cerca de 2/3 do sítio. A fotografia aérea então obtida revelava já um amplo conjunto de recintos de fossos.

 

1997

Realização, sob direcção de Miguel Lago, de uma campanha de diagnóstico, com o objectivo de avaliar o impacto sofrido pelo sítio e o seu potencial científico e patrimonial. Em face dos resultados, a Finagra suspende o plantio de vinha na área ocupada pelo sítio e estabelece uma zona de reserva arqueológica.

 

1998

Início do processo de investigação dirigido pela ERA Arqueologia com o apoio da Finagra, desenvolvendo um primeiro projecto orientado para as práticas funerárias nos Perdigões. Serão escavados os Sepulcros 1 e 2.

 

2004

Inauguração da sala museu dos Perdigões na torre medieval da Herdade do Esporão, a qual dá conta dos trabalhos até então realizados: sondagens e recolha de superfície de 1997 e escavações dos Sepulcros 1 e 2.

 

2006

No âmbito do Congresso Mundial da UISPP (Union Internationale des Sciences Préhistoriques et Protohistoriques) os Perdigões são catalisador de uma sessão e saída de campo, afirmando-se como referência internacional da investigação dos recintos de fossos pré-históricos. A partir de então começam a ser presença recorrente em congressos nacionais e internacionais. Os resultados são publicados em Português na revista Era Arqueologia e em inglês no British Archaeological Reports.

 

2007

Início da investigação no interior dos recintos e criação pela ERA Arqueologia do Programa Global de Investigação Arqueológica dos Perdigões, o qual articula de forma integrada as diferentes acções de investigação que se vão multiplicando. Início de colaborações com diferentes instituições de investigação portuguesas e estrangeiras.

 

2009-2010

No âmbito de uma das colaborações com instituições de investigação, concretamente com a Universidade de Málaga, é realizada a prospecção geofísica do complexo de recintos e da zona do cromeleque. O magnetograma obtido permite grandes avanços na interpretação do sítio e instituiu-se como base orientadora da investigação e das intervenções de campo.

 

2011

Em colaboração com o Departamento de Arqueologia da Universidade de Coimbra, a ERA aprofunda a investigação das práticas funerárias nos Perdigões com um primeiro projecto aprovado e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

 

2012

É organizado, com o apoio do Esporão S.A. um novo colóquio internacional na Fundação Calouste Gulbenkian sobre Recintos de Fossos e Práticas Funerárias, onde os Perdigões surgem como mote e protagonista. Os resultados são publicados no British Archaeological Reports.

 

2016

Novo projecto aprovado e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, numa colaboração da ERA com o ICArEHB – Universidade do Algarve e Laboratório Hércules da Universidade de Évora, focado na na Interacção transregional e Mobilidade das populações que circularam pelos Perdigões.

 

2018

Criação do Campo Escola dos Perdigões integrado na oferta do Institute for Field Research, o qual teria o seu primeiro funcionamento no ano seguinte.

 

2019

Classificação dos Perdigões como Monumento Nacional. Organização, em colaboração da ERA com a Associação dos Arqueólogos Portugueses, do colóquio “Os Recintos da Pré-História Recente: avanços no estudos das suas arquitecturas e espacialidades” que comemora a classificação.

 

2020

A descoberta de um recinto circular de postes de madeira, único na Península Ibérica, na área central dos Perdigões, reforçando a individualidade do sítio, tem uma larga cobertura na imprensa nacional e internacional.